Marcas na Alma...

Muitas vezes vejo as pessoas mostrando suas marcas. Elas usam suas contusões, hematomas e cortes como medalhas de honra, pronto para mostrá-las a qualquer um que olhar para eles.

A web está repleta de fotos de partes do corpo adornado com contusões, piercings, tatuagens, marcando o como propriedade, como um submisso orgulhoso, como um "bom escravo".

Eu particularmente ainda foco, sobre o que para mim é mais importante.
Sobre os olhos, a alma, as emoções que conectam Dom e submisso, mestre e escravo.

As marcas que eu uso na minha alma são as marcas que vão ficar comigo para sempre.
Elas se tornaram uma parte de mim, uma parte do meu crescimento, uma parte de minha jornada na vida.
Elas nunca iram desaparecer.

Talvez a razão para isso , é a dificuldade em descrever o que sentem.

Na verdade como descrever o pouco ou nada que corresponda as sensações, os pensamentos os sentimentos que estão contidos na alma de uma submissa.

Como é que posso descrever o imenso desejo de agradar o outro?

Como é descrever a necessidade de ser controlado e obedecer, mesmo quando obedecer não seja a coisa mais fácil?

Como explicar a liberdade encontrada na casca das camadas de uma vida, abrindo como uma flor, suave, sensível,e sentindo tão segura na abertura?

Como se vê essas coisas que você pode perguntar. Como se pode ver as emoções, os sentimentos? Impossível, certo?
Não, não é impossível. Elas são visíveis. Elas são visíveis com o coração, a alma, os olhos mesmo, se optar por um olhar profundo o suficiente.

È visível nos olhos de uma submissa como ela olha para seu Senhor com saudade.

É visível no toque de mão no seu ombro, quando o medo enche os olhos.

É visível o respeito que mostram uns aos outros, eles mesmos, e aqueles ao seu redor.

E isso é visível na forma altruísta, a submissa serve ao seu Senhor, dando-lhe tudo o que ela pode, e muito mais quando esse é o seu prazer.

As marcas na alma residem dentro.
Algumas muito mais difícil de ver que outras.
Carrega-las com honra.
Exibi-las orgulhosamente.
Lutamos para descrevê-las se for preciso, mas mais importante, simplesmente senti-las, cercar-se nelas, e encontrar a liberdade em si.