terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Exclusividade ou fidelidade?

Distintas... e incompreendidas...

Alguém pode me dizer onde existe a exclusividade referindo-se a qualquer questão seja ela, baunilha ou BDSM...

Certa vez a antropóloga Margaret Mead, sugeriu que a monogamia é o mais difícil de todos os arranjos conjugais humanos. È também um dos mais raros.

Trecho do livro ¨O Mito da Monogamia¨de Davis Barash e Judith Eve Lipton.

¨há fortes evidências de que os seres humanos não são ¨naturalmente monógamos...

Neste livro, utilizou pesquisas sobre sexo no mundo animal, o casal de cientistas David P. Barash e Judith Eve Lipton põem fim à idéia de que a monogamia é uma causa natural. Na verdade, esses biólogos descobriram que, para quase toda espécie, trair é a regra - para ambos os sexos.

Eu comecei a escrever sobre esse texto depois que me perguntaram sobre o que eu pensava sobre a exclusividade e a idéia que me ocorreu foi, afinal nas relações, que querem os amantes um do outro, fidelidade ou exclusividade?

Exclusividade do parceiro... implicaria ser o único para ele, foi o que pensei, no entanto questionei-me, e fidelidade? Um tanto ambíguo... então pesquisei...Wikipédia ( Google)

*qualquer que seja a sua natureza em figuras ou em papéis de gênero — que pode ser recíproca, mutuamente acordada e assentida, ou unilateral, acordada ou não. Implica necessariamente mútua confiança, aceita esta e considerada como a base da estabilidade relacional.

Desde que o mundo é mundo...

Mulheres querem homens fiéis.
Homens querem mulheres exclusivas.
Mas homens são exclusivos apenas dos seus desejos e vontades.
Mulheres confundem exclusividade e fidelidade.

Submissas se dobram diante desse tema... Na imposição de atos e condutas, precisam ser obedientes, fortes e assumir sua natureza, porque querendo ou não estarão exercendo sua entrega e sua capacidade de servir seu Dominante.

Assumir minhas verdades (processo doloroso!), mas comecei a livrar de amarras sociais que me prendiam entre minha mente e desejos, me colocando de frente a fidelidade paradoxal. Houve medo e inseguranças, entre o ¨ter¨ e o ¨perder¨, nas relações e sobreviver a essas expectativas foi como enfrentar guerras, doenças terminais e obstáculos próprios da natureza.

A liberdade de escolha é uma opção do desejo e não uma imposição de falsos pudores.

Compreender isso não foi um processo fácil, acredito que as experiências que já tive, aliadas a um objetivo maior de sobreviver sem sofrimentos, me faz entender e aceitar que nesse momento da minha vida alcancei a liberdade e me sentindo pronta para viver uma relação onde, encontro primeiro o amigo, ele se torna o confiante companheiro e na sequência o verdadeiro cúmplice, sem medo de vivenciar intensamente meus desejos submissos, livre para saber dividir, porque na verdade não dividimos, somos únicos em nós mesmos, apenas abrimos espaços para a liberdade sem a castração de sentimentos e assim conseguir viver sem frustrações respeitando o direito de liberdade de seu dono...


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